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segunda-feira, 1 de junho de 2015

SARAU


POESIAS E POEMAS
Autores Poetas Brasileiros: Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Manoel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Gonçalves Dias.

PUBLICO ALVO: ENSINO FUNDAMENTAL I
OBJETIVOS:
• Desenvolver a sensibilidade e o gosto pela leitura de poemas.
• Conhecer um repertório de poemas por meio da leitura feita pelo professor e por si mesmo.
• Identificar nos textos lidos os jogos de palavras, as rimas, as repetições que marcam os ritmos, as intenções do autor, a beleza da linguagem.
• Conhecer alguns poetas, de estilos variados, e saber um pouco sobre sua vida, trajetória e principais obras.
• Reconhecer o sarau como um tipo de evento cultural.
• Participar ativamente da organização e realização de um sarau.
• Declamar poemas com ritmo e entonação adequados ao texto, ao público e à situação de comunicação.
Material:
• livros e sites de poesias;
• vídeos e áudios de pessoas experientes declamando poemas.

 Sugestão de encaminhamento:
Apresentação da proposta:
Ampliação de repertório:
Seleção de repertório:
Ensaios:
Preparação do Sarau:
Avaliação:
 Produto final: O evento da apresentação.

OU ISTO OU AQUILO
(CECÍLIA MEIRELES)

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é o melhor: se é isto ou aquilo.


A CASA
(VINICIUS DE MORAES)

Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto, não tinha nada

Ninguém podia entrar nela, não

Porque na casa não tinha chão

Ninguém podia dormir na rede

Porque na casa não tinha parede

Ninguém podia fazer pipi

Porque penico não tinha ali

Mas era feita com muito esmero

na rua dos bobos numero zero.


INFÂNCIA

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história

era mais bonita que a de Robinson Crusoé.


Fontes: 

Poesias de Cecília Meireles no livro Ou isto ou aquilo. Disponível em: http://frasesdofundodaalma.blogspot.com.br/p/poesias-de-cecilia-meireles-no-livro-ou.html.Acesso em: 01 de junho de 2015.

MORAES, Vinicius de. A casa. Disponível emhttp://www.vagalume.com.br/vinicius-de-moraes/a-casa.htmlAcesso em: 01 de junho de 2015.


MONTEIRO, Madalena. Realizar um sarau com a turma. Disponível em: http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-experimente/605/realizar-um-Dsarau-com-a-turma.html?pagina=3Acesso em: 01 de junho de 2015.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Infância. Disponível em: http://letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/460647/. Acesso em: 01 de junho de 2015.



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